No mês de setembro, a Univates e a Universidad del Pacifico (UPacifico), do Chile, comemoram 15 anos de acordo de cooperação para o intercâmbio de estudantes e professores. O convênio representou para as duas instituições o início formal de seus processos de internacionalização.
De acordo com a gestora da Assessoria para a Assuntos Interinstitucionais e Internacionais (AAII), Viviane Bischoff, o acordo de cooperação com a UPacifico foi o primeiro da Univates para a realização de intercâmbio. “Atualmente, o acordo prevê que alunos de todos os cursos das duas instituições possam realizar intercâmbio. Vamos procurar intensificar a mobilidade, inclusive com a realização de cursos de curta duração para que estudantes de ambas as instituições possam se conhecer melhor”, afirma Viviane.
Conforme lembra o diretor de relações internacionais da UPacifico, Pablo Ortúzar, a aproximação entre as duas instituições iniciou em janeiro do ano 2000 e marca o início de uma frutífera relação. “O convênio com a Univates foi um dos primeiros que a Universidad del Pacifico teve com universidades estrangeiras”, explica. Segundo Ortúzar, desde então, além de cinco estudantes chilenos já terem estudado na Univates, foram realizadas diversas visitas para o fortalecimento das relações.
Atualmente, uma das ações mais fortes do convênio se dá no âmbito da especialização em Branding & Business da Univates, que conta com a docência do professor chileno Sebastian Goldsack Trebilcock, diretor da Escola de Publicidade da UPacifico. Em 2015, um grupo de estudantes da pós-graduação também visitou a instituição chilena durante uma viagem de estudos.
Experiência para a vida
Alessandro Dreyer estudou Publicidade e Propaganda na Univates e foi um dos primeiros acadêmicos da Instituição a realizar intercâmbio na UPacifico. Veja o depoimento dele sobre seu período de estudos no exterior: “A experiência de estudar na UPacifico foi inesquecível, agregadora e responsável por mudar totalmente meus objetivos. Eu tinha apenas 21 anos e estava no 4º ou 5º semestre de Publicidade e Propaganda na Univates e saí de Estrela para morar em uma cidade como Santiago, que em 2004 tinha cinco milhões de habitantes. Foi o semestre mais marcante da minha vida, fui para o intercâmbio de uma maneira e voltei totalmente diferente como pessoa, tenho certeza que muito melhor.
Foram seis meses no Chile, conhecendo uma nova cultura e uma prática de ensino completamente distinta da praticada no Brasil, além do idioma diferente. Isso tudo me ajudou pessoal e profissionalmente. Na vida pessoal, aprendi a conviver com cultura, crenças e valores completamente diferentes dos meus. Hoje também vejo o quanto me ajudou na evolução profissional, facilitando minha comunicação com profissionais de áreas e países diferentes, além de perder o medo de novos desafios. Logo que voltei do intercâmbio, recebi uma proposta de trabalho do Grupo RBS para trocar Estrela por Porto Alegre, a qual aceitei sem qualquer receio de não me adaptar à nova cidade ou à nova experiência. Seis anos depois, recebi nova proposta para novamente mudar de cidade, em que deveria abandonar a vida construída em Porto Alegre e ir para São Paulo trabalhar na Microsoft. Em 2014, mais uma novidade: a possibilidade de morar um ano em Paris, a qual obviamente aceitei e mais uma vez fui muito motivado a morar em uma cidade diferente. Aqueles seis meses no Chile em 2004 foram tão inesquecíveis e me atingiram de uma forma que desde então é constante minha vontade de morar em cidades diferentes e conhecer novas culturas.
Além disso, não posso esquecer dos amigos. Conheci pessoas no Chile que hoje são praticamente parte da minha família. Mantive contato com muitos amigos e as visitas em algum momento acabam acontecendo. Em 2014, enquanto ainda estava morando em São Paulo, cheguei a receber, de uma só vez em meu apartamento, oito amigos chilenos que vieram assistir a um jogo do Chile na Copa do Mundo. Nada substitui essa experiência.”
Texto: Nicole Morás